Assim como flor que perde pétalas na austeridade do inverno, eu fui perdendo o jeito.
O jeito com as palavras;
A consciência de sentir;
Até o coração fugiu da ponta dos dedos e escondeu-se.
Congelei os sentidos, adormeci o sentimento e entreguei-me ao vazio de ser nada e nada sentir.
É inverno há tanto tempo.
A minha pela anseia o sol;
O calor que torra os sentidos e deixa o sangue a fervilhar.
Levando um dia de cada vez;
Primeiro a Primavera,
Depois,
Verão, talvez.
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